Cidades

“Tinha começado a andar”, diz mãe de bebê morta pelo padrasto, em Goiás

Jaqueline Vieira, de 20 anos, sobrevive à pior dor de uma mãe: ela sepultou a sua bebê Emanuelly, de 1 ano e três meses no último domingo (21/4). A criança foi morta com socos pelo padrasto Gabriel Felizardo Silva, de 21, na sexta-feira (19/4), em Santa Rita do Araguaia, em Goiás.

Gabriel, que confessou o crime, disse que agrediu Emanuelly, a “Manu”, porque ela chorava e não queria dormir, como você pode ler aqui.

Era manhã e o “homem acima de qualquer suspeita”, havia acabado de chegar bêbado em casa. Impaciente, acertou em um dos lugares mais frágeis de uma criança: a nuca.

“Nunca pensei que ele faria isso”, diz a mãe, que conheceu Gabriel há 7 meses e morava com ele há dois na casa em que a filha foi agredida.

A bebezinha, com o impacto, caiu no chão, onde ficou ensanguentada. Jacqueline, que dormia, foi acordada por Gabriel. “Ele disse que ela tinha caído do berço”.

Com a menina nos braços, desacordada, Jacqueline conseguia apenas chorar. “Minha filha tinha acabado de aprender a andar. Falava algumas coisas”, lembra.

Em 20 minutos de ligação, respondeu monossilabicamente às perguntas com “sim” ou “não” e às vezes ficava em silêncio.

Ao perceber a gravidade dos ferimentos, o pai de Gabriel foi chamado para levar a menina a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

“Eles disseram que era grave e precisavam de uma UTI”, lembra Jacqueline.

A bebê foi levada em estado grave para outro hospital, em Rondonópolis (MT), mas devido à gravidade dos ferimentos, principalmente na cabeça, teve morte encefálica.

O delegado de Mineiros, Júlio César Arana, informou ao horas depois do crime ao Dia Online que as agressões ocorreram enquanto a mãe da criança dormia. “A mãe nos contou a primeira vez, mas ele foi confrontado e contou a verdade”, disse.

No hospital, o médico e enfermeiros estranharam que a criança tivesse caído da cama e chamaram os policiais.

Sob a orientação do delegado Júlio César Arana, os policiais, com a perícia, foram à residência do casal. Ali, viram sangue pelos cômodos.

A suspeita aumentou quando encontraram a camiseta do padrasto ensanguentada.

Padrasto que matou bebê diz que agiu sozinho, em Goiás

Diante das informações, o delegado Júlio César pediu para ouvir o padrasto, ao que ele confessou o crime. “Ele ainda disse que agiu sozinho”, complementa o delegado.

Gabriel bebeu durante a madrugada e, quando voltou para casa, viu que a criança não parava de chorar. Ele, então, conforme contou na delegacia, iniciou as agressões.

O padrasto bateu diversas vezes na nuca da bebê, que desmaiou e ficou caída no chão. Em seguida, o agressor acordou a mãe da criança com a história da queda.

Ao chegarem no hospital, souberam que a criança havia sofrido traumatismo craniano.

Para um repórter da Gazeta Mineiros Notícia, Gabriel contou que estava embriagado. “Eu estava tomando uma cerveja em casa, depois fui levar minhas primas embora, aí quando cheguei a criança estava no meio da sala chorando que não queria dormir. Eu coloquei ela pra dormir de novo, ela não quis. Aí eu peguei, me descontrolei e bati nela de mão fechada”, contou o padrasto.

 

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