Saúde

Secretaria de Saúde de Goiânia confirma 5ª morte por H1N1 este ano em Goiás

Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) confirmou a 5ª morte por H1N1 em Goiás. Do total, duas foram de moradores da capital, outras duas de Trindade – onde houve surto da doença na Vila São Cottolengo – e uma de Jaupaci. O estado está em situação de alerta por causa da doença.

O total de casos da doença em estágio grave no estado chega a 44, conforme último boletim da Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO). Também conforme o relatório, uma pessoa morreu por H3N2 e outras 35 por outras variações da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag).

A confirmação da 5ª morta ocorreu na quinta-feira (5). A 4ª morte foi confirmada após laudos atestarem que o médico pediatra da SMS Luiz Sérgio de Aquino Moura também havia morrido em decorrência da H1N1. As duas são as únicas de moradores de Goiânia.

Goiás está em situação de alerta por causa da doença. O boletim da SES-GO informa ainda que há 44 casos graves da H1N1 notificados no estado, outros cinco de H3N2, um de Influenza B e um total de 274 pessoas diagnosticadas com Srag com outras causas.

Gerente de Vigilância Epidemiológica de Goiás, Magna Maria de Carvalho, durante coletiva de imprensa sobre casos de H1N1   (Foto: Vanessa Martins/G1)Gerente de Vigilância Epidemiológica de Goiás, Magna Maria de Carvalho, durante coletiva de imprensa sobre casos de H1N1   (Foto: Vanessa Martins/G1)

Gerente de Vigilância Epidemiológica de Goiás, Magna Maria de Carvalho, durante coletiva de imprensa sobre casos de H1N1 (Foto: Vanessa Martins/G1)

Para combater o avanço das doenças, o governo do estado criou um comitê que vai debater sobre ações e levantar o que ainda é necessário ser feito. Uma das primeiras ações foi a reserva de 30 leitos de hospital para casos graves das influenzas.

A campanha do Ministério da Saúde foi adiada em uma semana e só vai começar em 23 de abril. De acordo com o governo federal, houve problemas na entrega das doses.

A assessoria de imprensa do Ministério da Saúde informou a reportagem, por telefone, que a possibilidade de antecipação da vacinação contra H1N1 em Goiás ainda está sob avaliação.

Filas para se vacinar contra a gripe H1N1 em clinica particular de Goiânia (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Preocupação

Após confirmação de que um pediatra morreu por causa da H1N1, a população passou a procurar clínicas de vacinação e enfrentaram longas filas para conseguir as doses. Unidades precisaram repor doses.

De acordo com a gerente da Vigilância Epidemiológica da SES-GO, Magna Maria de Carvalho, só na última semana foram registrados 14 casos graves de influenza A. A notificação da doença não é compulsória desde 2012 e, por isso, não são compiladas todas as ocorrências.

Segundo SES-GO, a vacinação é importante todos os anos porque os vírus sofrem mutações e, a cada nova dose, a vacina protege contra um novo tipo.

O órgão lembra que os grupos prioritários na imunização são: crianças com mais de 6 meses e menos de 5 anos, gestantes, puérperes (mulheres que deram à luz há 40 dias ou menos), servidores da saúde, professores, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas, presos, servidores do sistema prisional idosos e pessoas com doenças crônicas.

A gripe H1N1

O médico infectologista Boaventura Bras explica que os principais sintomas da gripe H1N1 são os mesmos de um estado gripal comum, como febre que dura entre 3 e 5 dias, tosse seca, secreção e dores no corpo. A forma mais eficaz de evitar a transmissão do vírus é a higienização das mãos, principalmente com álcool gel.

Caso a pessoa tenha algum sintoma da doença, ela pode procurar qualquer unidade de saúde e, lá, será dado o encaminhamento adequado a ela, de acordo com a gravidade da doença.

Quem pode se vacinar?

Podem se vacinar bebês a partir de 6 meses de idade. A vacina é contraindicada apenas para aqueles que têm alergia a ovo, segundo o médico infectologista.

Quem já teve H1N1 pode contrair a doença de novo?

“Pessoas que já tiveram comprovadamente a gripe H1N1 têm uma resistência maior ao vírus, então seria mais difícil contrair novamente. Porém, o vírus sofreu modificações e ele também pode ser infectado por outros vírus dentro da influenza”, explicou o médico.

Além disso, familiares de pacientes com o vírus também precisam tomar cuidados especiais. “Os parentes também precisam tomar o mesmo medicamento, mas em uma dose menor, mas tudo com orientação médica”, completou.

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