Irã promete vingança, após ataque ter destruído embaixada em Damasco
Nasrallah fez comentários transmitidos pela TV nesta sexta-feira (5). “Esteja certo de que a resposta iraniana ao ataque ao consulado em Damasco definitivamente está chegando contra Israel“, afirmou ele.
O Hezbollah é um grupo do Líbano que recebe apoio do Irã. Na última segunda-feira, o consulado do Irã em Damasco, na Síria, foi atacado e sete membros da Guarda Revolucionária iraniana morreram, entre eles, um comandante sênior da Força Quds, o general de brigada Mohammad Reza Zahedi. O Irã prometeu vingança.
Segundo o líder do Hezbollah, o ataque israelense ao consulado do Irã marcou um “ponto de virada” na dinâmica do Oriente Médio.
Os conflitos na região aumentaram desde 7 de outubro do ano passado, quando o grupo terrorista Hamas, que governa a Faixa de Gaza, atacou Israel.
Israel se prepara para ataque do Irã
Israel se preparou para a possibilidade de um ataque retaliatório, cancelando as licenças de todas as unidades de combate e mobilizando mais tropas para as unidades de defesa aérea.
O ministro da Defesa Yoav Gallant disse nesta sexta-feira a soldados israelenses em uma base aérea que Israel ataca os inimigos onde quer que seja: “Pode ser em Damasco e pode ser em Beirute”, disse.
“O inimigo é duramente atingido em todos os lugares e, portanto, está procurando maneiras de responder. Estamos prontos com uma defesa em várias camadas.”
Confronto por procuração
Até agora, o Irã evitou entrar diretamente no conflito, mas apoiou uma série de ataques de aliados em toda a região a alvos israelenses e norte-americanos no Líbano, na Síria, no Iêmen e no Iraque.
Diplomatas e analistas afirmam que a elite clerical do Irã não quer uma guerra total com Israel ou com os EUA, o que poderia colocar em risco seu poder, e prefere continuar usando representantes para realizar ataques táticos seletivos contra inimigos.
O Hezbollah tem trocado tiros com Israel através da fronteira sul do Líbano desde 8 de outubro.
No sábado, um ataque israelense na cidade de Marjayoun matou três combatentes do Amal, segundo fontes médicas e de segurança. Cerca de 270 integrantes do Hezbollah também foram mortos.
Nasrallah disse nesta sexta que o grupo tem armas e forças que ainda não foram usadas contra Israel.
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