Internacional

Palestinos começam a voltar a Khan Yunis após retirada de Israel

País reduziu presença militar no sul da Faixa de Gaza

Milhares de famílias palestinas começaram a voltar para Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, após a retirada das tropas israelenses da região.

    A informação foi divulgada por fontes de Rafah, cidade mais meridional do enclave, na fronteira do Egito, e destino de centenas de milhares de deslocados internos durante o conflito, que completa seis meses neste domingo (7).

    Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), apenas uma brigada continuará na zona para garantir a segurança do corredor que atravessa a Faixa de Gaza ao longo da costa, impedindo que palestinos retornem para o norte do enclave.

    Essa via é usada por organizações humanitárias para distribuir ajudas e permite a Israel conduzir ataques mirados.

    Fontes militares citadas pela imprensa israelense falam em uma “nova estratégia” para a guerra e que o comando das IDF aguarda uma “decisão das lideranças políticas sobre uma possível ação militar em Rafah”, hipótese já condenada pela maior parte da comunidade internacional devido ao risco de agravar a crise humanitária em Gaza.

    Além disso, o Exército não descarta voltar a Khan Yunis e garante que a decisão de se retirar do sul do enclave não se deve à pressão dos Estados Unidos por uma pausa no conflito.

    A própria Casa Branca acredita que a medida servirá apenas para um “período de repouso” das tropas israelenses.

    Já o premiê Benjamin Netanyahu, alvo de protestos no último sábado (6), disse neste domingo que Israel está “perto da vitória” e que uma “minoria extrema e violenta tenta dividir o país”.

    O primeiro-ministro também reforçou que não haverá trégua enquanto o Hamas não libertar todos os reféns, embora o gabinete de guerra do país judeu tenha dado um “mandato significativo” para a equipe de negociadores que chega ao Cairo neste domingo.

    Segundo a imprensa do Catar, que media as tratativas ao lado do Egito, trabalha-se para um cessar-fogo temporário no fim do Ramadã, o mês sagrado do Islã, a partir de 9 de abril.

    A guerra foi deflagrada em 7 de outubro, após atentados terroristas do Hamas que deixaram 1,2 mil mortos em Israel.

    Desde então, a resposta militar do país judeu já matou 33.175 pessoas na Faixa de Gaza, de acordo com as autoridades locais.

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