Para alguns especialistas, essa bênção pode acabar sendo uma maldição, caso a economia dinamarquesa fique muito dependente da situação da Nova Nordisk. Seria um caso semelhante ao da Nokia, que era a galinha dos celulares de ouro da Finlândia, mas ficou para trás quando o iPhone chegou e revolucionou o mercado. Toda a economia finlandesa sentiu o baque com o fracasso da Nokia.
Pedersen afirma que uma eventual decadência da Novo Nordisk teria impacto negativo visível no PIB da Dinamarca, no desemprego e nas taxas de juros. Por outro lado, uma ascensão ainda maior pode também não ser boa. Segundo o analista, a coroa dinamarquesa ficaria valiosa demais, tornando as exportações do país menos competitivas, o que prejudicaria o crescimento de outras empresas.
Stephanie Lose, a ministra da economia, não vê tanto perigo. “O setor farmacêutico não está tão interligado com a economia dinamarquesa assim”, declarou. A força de trabalho da Novo Nordisk representa apenas 1% do país, mas, ainda assim, de cada cinco empregos criados no ano passado em toda a Dinamarca, um foi na Novo Nordisk.
História antiga
Hoje, ninguém parece ligar muito para essas perspectivas, já que a economia em Kalundborg vai muito bem. Mas a própria cidade tem experiências do passado em que se apoiar para não se deslumbrar à toa.
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