Uma britânica que ficou clinicamente morta por 17 minutos após uma parada cardíaca durante um treino intenso em uma academia em Bristol, na Inglaterra, afirma ter vivido uma experiência surpreendente — e muito diferente do que é normalmente relatado por pessoas que passaram por situações semelhantes.
Victoria Thomas, que praticava levantamento de peso, conta que começou a se sentir extremamente fraca e tonta pouco antes de desmaiar. “Senti como se toda a minha energia tivesse sumido. Mal consegui dizer isso a uma amiga antes de cair no chão”, relembra.
Ao contrário dos relatos clássicos de quem diz ter visto “uma luz no fim do túnel” ou sentido “paz e acolhimento”, a experiência de Victoria foi mais objetiva — e até inusitada.
“Tudo ficou preto, e de repente eu estava flutuando, olhando para o meu corpo caído no chão da academia. Vi algumas máquinas amarelas ao redor, e meu primeiro pensamento foi: ‘Minhas pernas parecem muito gordas’. Depois, ao ver uma foto tirada minutos antes, percebi que elas realmente estavam inchadas”, contou.
Reanimação e coma
Durante 17 minutos, paramédicos tentaram reanimá-la, mesmo sem resposta inicial. Ela foi considerada clinicamente morta nesse período, mas os socorristas decidiram continuar. “Eles se recusaram a desistir. Eu era jovem, saudável, e tudo aconteceu do nada. Sou muito grata por isso”, disse.
Após ser reanimada, Victoria ainda passou três dias em coma. Sem histórico familiar de doenças cardíacas, ela recebeu um marcapasso com desfibrilador, que passou a ser essencial para sua sobrevivência. Nos meses seguintes, o aparelho foi acionado diversas vezes para corrigir novas paradas cardíacas.
Gravidez e superação
Apesar do diagnóstico e das dificuldades, Victoria não parou. Três semanas após o incidente, ela voltou a jogar netball, esporte semelhante ao basquete. “Cada disparo do desfibrilador era um choque, mas era o que me mantinha viva.”
O maior desafio veio em 2021, quando engravidou. A gestação exigiu ainda mais de seu coração e causou novas paradas cardíacas. Ainda assim, Victoria conseguiu levar a gestação até o fim e deu à luz com segurança.
Outros relatos famosos de experiências de quase morte (EQM):
Anita Moorjani
Diagnosticada com câncer terminal, entrou em coma em 2006. Relatou ter estado em “um lugar de amor absoluto” e afirmou ter tido clareza sobre sua vida e saúde. Despertou do coma e, semanas depois, os médicos constataram que o câncer havia desaparecido. Escreveu o best-seller “Morri para Ser Eu”.
Dr. Eben Alexander
Neurocirurgião que ficou em coma profundo durante uma meningite em 2008. Relatou ter visitado um “mundo além” com paisagens vívidas, música celestial e uma guia espiritual. Ele escreveu “A Prova do Céu”, livro que se tornou referência entre os relatos de EQM.
Pam Reynolds
Submetida a uma cirurgia cerebral em 1991 com parada cardíaca induzida. Mesmo com o cérebro inativo, relatou ter “saído do corpo”, assistido à operação e descrito instrumentos usados durante o procedimento — detalhes confirmados pelos médicos.
Colton Burpo
Menino de 4 anos que quase morreu durante uma cirurgia de apendicite. Após se recuperar, contou ter ido ao céu, encontrado familiares já falecidos e descreveu detalhes que seus pais afirmam que ele não poderia saber. Sua história foi contada no livro e filme “O Céu é de Verdade”.