Goiânia – A neurologista Cláudia Soares Alves foi presa na quarta-feira (5/11) em Itumbiara (GO), suspeita de encomendar a morte da farmacêutica Renata Bocatto Derani, em 2020, em Uberlândia (MG). Segundo a Polícia Civil, Cláudia teria desejado assumir o papel de mãe da filha da vítima.
De acordo com o delegado Eduardo Leal, Cláudia foi casada com o ex-marido de Renata e, durante o relacionamento, teve contato com a criança. “A filha da vítima começou a frequentar a casa da médica em Itumbiara, e lá ela quis assumir o papel de mãe da criança”, explicou o delegado.
A polícia informou que Cláudia passou a interferir na vida da menina, ditando como deveria se vestir e se comportar, além de fazer falsas denúncias contra Renata para tentar retirar dela a guarda da filha. Ao perceber a situação, a mãe decidiu que a menina não deveria mais ter contato com a médica.
Segundo as investigações, a motivação do crime teria sido a obsessão de Cláudia em ser mãe da menina. “Ela era a única pessoa com algum motivo, que na verdade é fútil, banal e desequilibrado”, afirmou Leal.
A médica contou com a ajuda de um vizinho e do filho dele, ambos presos, e a polícia investiga se eles receberam pagamento pelo crime. Cláudia também é investigada por falsidade ideológica e tráfico de pessoas, após sequestrar uma recém-nascida em uma maternidade de Uberlândia, em 2024. A bebê foi encontrada no dia seguinte, segundo a polícia.