“Escutei o presidente (Milei) em rede nacional e decidi vir para cá para refletir sobre este momento particular que a Argentina vive, sobre o projeto anarco-capitalista e o sacrifício inútil ao qual nosso povo está sendo submetido”, criticou.
Na segunda-feira, Milei comemorou como uma “façanha histórica” o primeiro trimestre com superávit financeiro que a Argentina registra desde 2008, primeiro ano do governo de Kirchner, sua adversária política.
Mas a ex-presidente disse no sábado que este superávit “não tem sustentação”.
“Sessenta por cento podem ter votado em você, mas se depois, quando está no governo, as pessoas passam fome, perdem o trabalho, não conseguem chegar ao fim do mês, serve de que?”, acrescentou, em alusão ao percentual obtido por Milei no segundo turno das eleições que o levaram ao poder.
As medidas econômicas de Milei incluem a paralisação das obras públicas, demissões de funcionários públicos, fechamento de dependências do governo, corte de subsídios, aumento de tarifas públicas e o congelamento de orçamentos em um momento em que a inflação beira os 290% ao ano e a pobreza castiga metade da população.
“Este governo não tem plano de estabilização (…) É apenas um plano de ajuste”, advertiu Kirchner.
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