Julian Assange chega a tribunal dos EUA para audiência que pode libertá-lo
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, se declarou culpado em audiência no tribunal dos EUA nas Ilhas Marianas do Norte na noite desta terça-feira (25). A audiência, que pode dar a liberdade a Assange, começou pouco após as 20h (horário de Brasília) na noite desta terça-feira (25).
A audiência é fruto de um acordo de Assange com a Justiça dos EUA. Assange se declarou culpado em uma acusação criminal por espionagem — de conspiração para obter e divulgar documentos classificados de defesa nacional dos EUA –, segundo documentos da Justiça americana.
Como parte do acordo, ele também deve pedir perdão aos EUA e deve ser oficialmente libertado, segundo documentos da Justiça americana.
O fundador do WikiLeaks deve ser sentenciado a 62 meses de prisão, tempo que ele já cumpriu no Reino Unido. Após passar pela audiência, Assange estará oficialmente liberado e espera-se que ele volte para a Austrália, país do qual é cidadão.
Julian Assange vai deixar a Ilhas Marianas do Norte rumo a Austrália ainda nesta terça, segundo o site especializado em acompanhar voos FlightRadar24. Seu voo está previsto para decolar de Saipan às 23h20 (horário de Brasília), e chegar em Camberra às 5h53 (horário de Brasília) desta quarta (26).
Julian Assange ficou mundialmente conhecido por fundar um grupo de ativistas chamado WikiLeaks, em 2006. Nos anos seguintes, a organização vazou cerca de 700 mil documentos classificados dos Estados Unidos, o que irritou autoridades norte-americanas.
Diante disso, Assange enfrentou várias acusações e chegou a ficar sete anos asilado na Embaixada do Equador em Londres, antes de ser preso. Ele será oficialmente libertado após anos de batalhas judiciais e um acordo com os Estados Unidos.
Caso fosse extraditado para os EUA, ele poderia ser condenado a até 175 anos de prisão.
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