Estudante investigada por envenenar quatro pessoas admite também ter matado cães com chumbinho

Guarulhos (SP) – A estudante de Direito Ana Paula Veloso Fernandes, investigada por envolvimento na morte de quatro pessoas em São Paulo e no Rio de Janeiro, confessou em interrogatório que também utilizou chumbinho, um tipo de veneno, para matar cães. Ela está presa preventivamente e vem sendo apontada por autoridades como uma possível serial killer.

Durante o depoimento à Polícia Civil de Guarulhos, Ana Paula admitiu que já havia usado o mesmo veneno anteriormente para envenenar animais. A polícia agora investiga a possível morte de ao menos 14 cães, que teriam sido envenenados pela suspeita.

De acordo com as investigações, dez dos animais pertenciam à irmã gêmea de Ana Paula, Roberta Cristina Veloso Fernandes, e eram filhotes. Outros quatro cães adultos viviam com o ex-marido da universitária, que já prestou depoimento à polícia.

“Eu já tinha em casa”

Durante o interrogatório, cuja gravação está sob posse da Polícia Civil, o delegado Halisson Ideiao Leite questiona a suspeita sobre o uso do chumbinho:

“E por que você usou especificamente chumbinho e veneno?”

Ana Paula responde:

“Porque eu já tinha em casa… eu tinha matado a cachorra. Eu tinha em casa.”

Ao confirmar que o produto foi comprado no Rio de Janeiro, ela detalha:

“Comprei no Rio de Janeiro. Eu tinha em casa porque eu ia matar o cachorro que minha irmã tem.”

Em outro momento, ao falar dos efeitos do chumbinho, a universitária revela que tinha consciência dos danos que o produto poderia causar também em humanos:

“Porque eu sabia que eu já tinha dado isso para os meus cachorros e…”

O delegado então completa:

“…Tinha dado certo.”

Investigação em andamento

A Polícia Civil apura se as mortes dos animais foram causadas por envenenamento. Caso seja confirmado, Ana Paula poderá ser indiciada por maus-tratos a animais, conforme prevê a legislação brasileira.

A estudante está sendo investigada pela morte de quatro pessoas em um período de cinco meses, o que levou os investigadores a suspeitarem de um padrão nos crimes.

Segundo relatos de policiais que acompanham o caso, Ana Paula chegou a sorrir durante o interrogatório, enquanto relatava os crimes que confessou ter cometido.

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