Não há medidas preventivas para a ocorrência de malformações müllerianas. No entanto, é importante estar atenta ao próprio corpo para identificar sinais de desconforto, dor ou dificuldade para engravidar e buscar orientação médica caso necessário.
É comum que a malformação uterina esteja associada a anomalias de outros órgãos, principalmente do trato geniturinário (relativa aos órgãos genitais e urinários). “No caso dela, a deformidade da vagina não permite usar OB e coletor menstrual. E como são duas cavidades uterinas também não é possível inserir DIU“, diz a especialista.
Capacidade de gestar
Mulheres com essa condição têm a mesma taxa de fertilidade da população em geral, mas podem ter maiores taxas de perdas gestacionais. Além disso, as gestações são de alto risco.
Como há redução do tamanho da cavidade uterina, há maior risco de abortamentos, partos prematuros, restrição de crescimento fetal e apresentações fetais anômalas, aumentando riscos de parto cesáreo.
Renato Fraietta, especialista em reprodução humana na CPMR-Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva e coordenador do setor integrado de reprodução humana da Unifesp
O acompanhamento de pré-natal deve ser rigoroso e realizado em serviços de alto risco com profissionais habilitados. Em alguns casos, pode ser indicada a cirurgia de cerclagem, para fechar o colo do útero e diminuir as chances de perda precoce e, nesse caso, é indicado maior repouso.
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