Silvio Santos, uma das figuras mais icônicas da televisão brasileira, faleceu neste sábado (17) aos 93 anos. Sua trajetória é marcada pela transformação de um camelô nas ruas do centro do Rio de Janeiro, onde nasceu, em um dos empresários mais ricos do Brasil, graças ao sucesso de seu canal, o SBT.
Nascido em 1930 em uma família de imigrantes, Silvio foi batizado como Senor Abravanel, mas desde a infância adotou o nome pelo qual se tornaria famoso. Aos 14 anos, começou a trabalhar como camelô, e antes mesmo de atingir a maioridade, venceu um concurso na Rádio Guanabara que lhe garantiu uma vaga como locutor.
O ponto de inflexão em sua carreira ocorreu nos anos 1950, quando se mudou para São Paulo e conheceu Manuel de Nóbrega. Nóbrega o convidou para vender arcas com presentes, pagas em 12 prestações e entregues no final do ano, o que deu origem ao Baú da Felicidade. Pouco depois, Nóbrega vendeu sua parte para Silvio, que utilizou o lucro do Baú para comprar um horário na TV Paulista. Em 1966, a emissora foi adquirida pela Globo, mas Silvio manteve seu programa na nova rede.
No final da década de 1960, Silvio já era uma das maiores audiências da televisão brasileira. Para se ter uma ideia, segundo o Ibope, seu programa “Cidade contra Cidade” ficou apenas um ponto atrás da transmissão da chegada do homem à Lua, na mesma semana.
Em 1975, Silvio conquistou a concessão do canal 11 do Rio de Janeiro e fundou a TVS, que nos anos 1980 se transformou no SBT com a compra de novos canais. Em 1989, ele se candidatou à presidência pelo PMB, mas sua candidatura foi impugnada pelo TSE. Sua primeira esposa, Maria Aparecida, faleceu em 1977, e em 1981 ele se casou com Íris. Silvio teve seis filhas ao longo de sua vida.
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