Um caso envolvendo um casal russo gerou indignação nas redes sociais após eles “tatuarem” o filho de apenas um ano para participar de uma competição promovida por um influenciador digital. O episódio levantou debates sobre os limites da exposição infantil na internet e a influência das redes nas decisões de pais em busca de fama e prêmios.
O vídeo, que rapidamente viralizou, mostra o casal marcando o antebraço esquerdo do bebê com a inscrição “Mellstroy-Game”, em referência ao streamer e gamer russo Mellstroy, de 26 anos.
A busca por um prêmio
De acordo com o casal, a atitude extrema fazia parte de uma tentativa de vencer uma competição organizada pelo próprio Mellstroy, que prometia presentear com apartamentos os participantes que criassem os vídeos mais ousados e chamativos para divulgar seu projeto ligado a cassinos online.
Durante a gravação, a mãe do menino afirma:
“Decidimos participar desta competição. Não sabíamos como surpreender você, Mellstroy, então decidimos fazer uma tatuagem no nosso filho de um ano. Moramos em um apartamento alugado há três anos e não temos dinheiro para comprar um. Estamos endividados e adoraríamos ganhar esta competição.”
Repercussão e dúvidas sobre a autenticidade
Nas redes sociais russas, muitos internautas reagiram com revolta e horror, enquanto outros questionaram se a tatuagem seria real ou apenas uma encenação para chamar atenção. Mesmo assim, a criança aparece chorando durante a filmagem, o que intensificou as críticas e o debate sobre abuso infantil e exploração digital.
Autoridades investigam o caso
A repercussão chegou até Ekaterina Mizulina, chefe da Liga da Internet Segura, órgão russo que monitora conteúdos online. Em nota, Mizulina classificou o episódio como “uma perda completa de valores”.
“Chegamos ao fundo do poço. Uma família tatuou o filho de 1 ano para participar de uma competição que promovia cassinos. A tatuagem pode até não ser real, mas o bebê chora o tempo todo no vídeo”, declarou.
Diante da gravidade da situação, Mizulina informou que o caso foi encaminhado ao Comitê Investigativo da Rússia para apuração.