Campestre de Goiás está há quase um mês sem transporte coletivo intermunicipal

Moradores de Campestre de Goiás, a cerca de 60 km de Goiânia, enfrentam dificuldades desde a suspensão do único serviço de transporte coletivo que ligava a cidade à capital e a municípios vizinhos. A paralisação ocorre há quase um mês, após a Viação Paraúna, antiga operadora da linha, encerrar suas atividades alegando problemas financeiros. Uma nova empresa chegou a assumir o trajeto, mas também interrompeu o serviço pouco tempo depois.

Sem transporte, moradores relatam dificuldades para realizar consultas médicas, estudar e trabalhar em outras cidades, como Trindade e Goiânia. A ausência do serviço público afeta diretamente a rotina de quem depende exclusivamente do transporte coletivo intermunicipal.

Nova licitação em andamento

No dia 20 de junho, a Câmara Municipal de Campestre de Goiás divulgou nota informando sobre a suspensão definitiva das atividades da viação. Segundo o comunicado, a linha Campestre – Trindade – Goiânia foi incluída no novo edital de chamamento público da Agência Goiana de Regulação (AGR), lançado no dia 18 de junho.

Em nota oficial, a AGR informou que já há uma empresa interessada em operar o trecho, mas a retomada do serviço depende da finalização do credenciamento e da autorização formal da agência reguladora.

Nota da AGR
“A linha Goiânia – Palmeira de Goiás, via Campestre de Goiás, foi disponibilizada no edital de Chamamento Público nº 02/2025, publicado no Diário Oficial do Estado no dia 18 de junho. Já há uma empresa interessada, e a normalização depende do processo de credenciamento e autorização da AGR.”

Situação se agrava em todo o interior

A crise no transporte intermunicipal não se limita a Campestre. Trechos como Indiara – Jandaia também estão sem ônibus regulares, deixando milhares de pessoas desassistidas. Aos poucos, observa-se uma redução significativa da oferta de transporte coletivo entre cidades do interior de Goiás, o que tem gerado preocupação entre autoridades locais e representantes da sociedade civil.

Com a dependência crescente de veículos particulares e transporte informal, aumenta o risco de exclusão social e econômica para quem vive fora dos grandes centros e não possui alternativas de locomoção.

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