Presa no último dia 30, em Aparecida de Goiânia, a mulher que fingia ter câncer terminal e lúpus para aplicar golpes e pedir doações, Kamilla Morgana Mendes Borges, 29 anos, acumula mais de R$ 65 mil em dívidas. De acordo com a Polícia Civil de Goiás (PCGO), ela usava o dinheiro que conseguia para pagar procedimentos estéticos, alugar imóveis caros, além de outros gastos para uma vida luxuosa.
A um hospital particular, Kamilla Morgana deve cerca de R$ 64 mil. A um plano de saúde, quase R$ 1,7 mil.
Quando foi presa, a defesa de Kamilla disse que ela sofre de “severos problemas psicológicos” e faz uso de medicações controladas, “o que compromete sua consciência sobre seus próprios atos”. Segundo a investigação, ela aplicou golpes em amigos, parentes e outras pessoas, e até a escola em que a filha da suspeita estuda chegou a arrecadar doações acreditando nas doenças que ela dizia ter. De acordo com a PCGO, ela ainda usava um lenço na cabeça para sensibilizar suas vítimas.
Um professor de artes denunciou à polícia um prejuízo de mais de R$ 50 mil gastos para ajudar a suspeita. “Quando eu ia ensiná-la a desenhar, ela se tremia e fingia fraqueza“, disse o profissional.
Durante a audiência de custódia realizada em 31 de julho, Kamilla negou ter qualquer doença grave. O juiz questionou sua profissão e a situação de saúde, ao que ela respondeu de forma evasiva, alegando não ter nada sério.
A suspeita responde pelo crime de estelionato. O caso continua sob investigação, e a Polícia Civil apura se há novas vítimas.
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