Sempre associada a novas tecnologias e empreitadas que parecem impossíveis, a China se envolveu em mais um grandioso projeto: perfurar um poço de 10 mil metros de profundidade.
De acordo com informações preliminares, o poço deve atingir um leito de rochas extremamente antigas, datadas do período Cretáceo, que ocorreu há 145 milhões de anos, na era dos dinossauros.
O objetivo dos chineses é explorar reservas de gás natural identificadas nessa região subterrânea.
Para tanto, as máquinas de perfuração estão posicionadas em uma base na Região Autônoma Uigur de Xinjiang, mais especificamente na bacia do rio Tarim, que fica no deserto de Taklamakan.
Os chineses montaram uma superestrutura para conseguir perfurar 10 mil metros de rocha sólida. Imagem: Xinhua News/Reprodução
Os esforços para vencer o desafio
A exemplo de outras obras do tipo realizadas ao redor do mundo e na própria China, esse super poço está sendo perfurado com a ajuda de equipamentos que impõem força e energia descomunais.
Para se ter uma ideia, estima-se que todo o aparato posicionado na plataforma de perfuração, incluindo a broca super resistente que está perfurando o poço, pesa duas mil toneladas.
O terreno onde a perfuração está sendo feita é um dos principais entraves para o projeto, já que a bacia do Tarim tem um solo naturalmente compactado e seco, além de estar sobre um extenso leito de rocha nem tão macio assim.
A seu favor, os técnicos responsáveis pela obra têm o extenso histórico da China com perfuração de poços. Essa bagagem pode ajudar de alguma forma no enfrentamento dos desafios que virão.
Esse poço não é o único na China
Em 2020, a construção de outro super poço foi anunciada na China. Naquela época, a líder da empreitada foi uma empresa chamada Quaise, que apresentou um plano bastante ousado.
Resumidamente, a Quaise quer ir ainda mais longe do que esse poço de 10 mil metros, chegando ainda mais perto do centro da Terra e superando até o poço de Kola, na Rússia, que tem mais de 12 mil metros de profundidade.
Para conseguir esse feito, a empresa afirma dispor de um aparato de equipamentos capaz de vencer obstáculos como rochas incandescentes com mais de 180ºC e níveis de pressão jamais experimentados.
De acordo com especialistas, esses equipamentos podem escavar mais de 20 mil metros em pouco tempo, atingindo níveis de energia capazes de transformar água em um tipo de vapor que se converte em eletricidade.
Se os planos da Quaise se concretizarem, podem surgir as primeiras faíscas de fusão nuclear, além de uma maior oferta de energia geotérmica, que é pouco explorada hoje em dia.
*Com informações de Xinhua News e Science Alert.
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