O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou nesta segunda-feira (29) que permanecerá no cargo apesar das pressões pela sua renúncia.
“Decidi continuar, continuar com ainda mais força, se possível”, afirmou Sánchez em umpronunciamento no Palácio da Moncloa. “Essa campanha de descrédito não vai parar. Nós podemos com ela”.
“Assumo diante de vocês o meu compromisso de trabalhar sem descanso, com firmeza e com serenidade pela regeneração pendente da nossa democracia”, acrescentou o líder do partido de centro esquerda PSOE, que permaneceu em total silêncio nos últimos dias, sem revelar pistas sobre a sua decisão.
A investigação contra a esposa de Sánchez, que está sob sigilo, foi aberta após uma denúncia da associação “Mãos Limpas”, próxima da extrema direita.
Segundo o portal “El Confidencial”, a investigação envolve os vínculos de Begoña Gómez com o grupo turístico espanhol Globalia, proprietário da companhia aérea Air Europa, quando esta última estava em negociações com o governo para obter um resgate durante a pandemia de covid-19, o que acabou conseguindo.
Na última quarta-feira (24), o político de 52 anos surpreendeu tanto opositores quanto aliados quando disse que estava tirando vários dias de folga para considerar a possibilidade de renunciar.
No mesmo dia em que ele anunciou sua possível saída, Begoña Gómez, passou a ser investigada por tráfico de influência e corrupção empresarial. Pedro Sánchez nega as acusações.
A emissora estatal TVE disse que Sánchez foi ao palácio da Zarzuela, nos arredores de Madri, na manhã desta segunda-feira para uma audiência com o rei Felipe VI. O conteúdo da conversa não foi divulgado.
Sánchez está à frente do governo espanhol desde 2018, com três mandatos distintos, depois de estabelecer alianças parlamentares com a extrema esquerda ou com os separatistas catalães e bascos.
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