Terremoto de magnitude 8,8 no leste da Rússia provoca alerta de tsunami em países da América do Sul

O poderoso terremoto de magnitude 8,8 que atingiu a costa da Península de Kamchatka, no extremo leste da Rússia, na madrugada desta quarta-feira (30), provocou uma série de alertas de tsunami em diversas regiões do Oceano Pacífico, incluindo países da América do Sul.

Equador, Peru, Chile e Colômbia emitiram alertas oficiais e iniciaram evacuações preventivas em áreas costeiras, além de suspenderem atividades marítimas. Segundo o Centro Nacional de Alerta de Tsunamis dos Estados Unidos, as ondas geradas pelo tremor já atingiram Rússia, Japão, EUA e partes da América Central, com menor intensidade nas regiões costeiras sul-americanas. Até o momento, não há registro de mortes relacionadas ao tsunami.

Alerta total na costa do Chile

O presidente chileno, Gabriel Boric, anunciou em suas redes sociais que toda a costa do país está sob alerta de tsunami. “Temos um alerta de tsunami para toda a costa do Chile para amanhã. O protocolo é evacuar três horas antes da estimativa de chegada da onda”, escreveu, pedindo calma e atenção às instruções das autoridades locais.

Medidas emergenciais no Peru, Equador e Colômbia

A Marinha do Peru confirmou risco para o litoral e declarou alerta de tsunami. “Este evento gera um alerta de tsunami para a costa peruana”, informou a Diretoria de Hidrografia e Navegação, que continua monitorando o fenômeno.

No Equador, a Secretaria de Riscos ordenou evacuações nas praias, docas e áreas baixas das Ilhas Galápagos. “Foi estabelecido nível de alerta de tsunami para a Região Insular”, comunicou o órgão.

Na Colômbia, moradores das regiões de Chocó e Nariño, ambas banhadas pelo Pacífico, também foram orientados a deixar áreas costeiras. A Unidade Nacional para a Gestão do Risco de Desastres recomendou evacuações preventivas.

Impactos globais e risco de novas ondas

De acordo com o Serviço Geológico dos EUA (USGS), o epicentro do terremoto foi registrado no mar, cerca de 60 km da Península de Kamchatka e a aproximadamente 1.400 km do Japão. O abalo durou cerca de um minuto e gerou ondas de mais de 3 metros que invadiram o porto de Severo-Kurilsk, nas Ilhas Curilas, onde também houve falta de energia elétrica.

O tsunami também causou impacto nos Estados Unidos. Na Califórnia, foram registradas ondas de até 1,1 metro na cidade de Crescent City. No Havaí, sirenes de alerta foram acionadas, milhares de moradores deixaram suas casas, e o governo estadual declarou estado de emergência. Ondas entre 1 e 1,2 metro atingiram praias como Haleiwa e Hanalei, e vários voos foram cancelados.

A costa oeste dos EUA — incluindo Alasca, Oregon, Washington e Califórnia — permanece em alerta, com elevação do nível do mar e restrições ao acesso de praias e portos. México, Canadá, Guam e ilhas da Micronésia também adotaram medidas de precaução.

Tremor mais forte desde Fukushima

Este é o terremoto mais forte registrado globalmente desde 2011, quando um tremor de magnitude 9,1 atingiu o Japão e provocou o desastre nuclear de Fukushima. Autoridades ao redor do Pacífico seguem em estado de alerta devido ao risco de réplicas e novas ondas de tsunami nas próximas horas.

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