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População de Aruanã se revolta com aumento da taxa de iluminação no município

A população de Aruanã, no noroeste goiano, não está nada contente com a decisão dos vereadores de aumentarem a taxa de energia do município em cerca de 25%, em votação realizada nesta quinta-feira (9). A indignação é ainda maior porque a decisão teria sido tomada na surdina.

O advogado Adelúcio Lima Melo é uma das pessoas que está à frente das manifestações. Ele afirma que o Executivo municipal já havia encaminhado uma proposta semelhante, que foi rejeitada em agosto. “Agora, de repente, esses mesmos vereadores votam e aprovar esse projeto”, reclama.

Conforme o advogado, a votação estava acontecendo ontem quando os moradores descobriram o que estava em pauta. Eles se mobilizaram na Câmara, onde alguns chegaram a queimar seus títulos de eleitor como forma de protesto. Apesar disso, o presidente da Câmara Municipal, Silvanio Nunes dos Santos (PHS), teria aproveitado o tumulto para dar prosseguimento à votação sem que a população tivesse conhecimento.

Adelúcio, que também é integrante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), conta que o caso chegou até ele por populares que foram à entidade questionar a validade do texto aprovado. “Essa proposta não tinha condições de ser votada ontem. Ainda hoje vou questionar junto ao Ministério Público de Goiás (MPGO)”, declarou.

O microempresário Átila Batista, morador do município, revela indignação com a situação. “Fizeram esse aumento na calada. A população ficou sabendo de última hora e foi lá discutir, mas o presidente da Câmara abaixou a voz e aprovaram mesmo assim”, contou. Posteriormente, ocorreram outras manifestações nas ruas da cidade, inclusive com buzinaço em frente à Casa Legislativa.

Segundo Átila, os protestos estariam sendo mobilizados por meio da Rádio de Aruanã e também pelas redes sociais. Uma nova manifestação está prevista para acontecer às 19h desta sexta em frente à Câmara.

O vereador Wedson Batista Campos (PSDB) foi um dos que votaram favoravelmente ao aumento. Ao Mais Goiás, ele justificou sua decisão: “Emocionalmente, eu jamais votaria em um projeto desse. Mas o que o município está arrecadando não está dando para pagar a iluminação pública e havia o risco de ocorrer um apagão”, revela.

De acordo com o vereador, existe uma pendência do município com a Celg cujo valor é de aproximadamente R$ 4 milhões. Este valor está dividido em diversas parcelas, porém, cada uma delas seria maior do que a arrecadação municipal. “Politicamente, não queria votar nesse projeto. Mas se não tomássemos uma atitude, os problemas iam ficar ainda piores”, justificou.

Ele lembra que o projeto anterior previa aumento de quase 100% da taxa. O projeto atual, porém, tem elevação de aproximadamente 25%, com variações conforme o consumo de KWh/mês. O novo valor deve passar a vigorar a partir de abril de 2018.

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