Cadeias públicas de Indiara, Edéia e Acreúna está com números de detentos muito além de sua capacidade e detentos cada dia mais reivindicam direitos que dizem ter. Ontem dia 04/06 houve uma grande movimentação no presídio de Indiara, pois o motivo foi um inicio de motim que já perdurava alguns dias, onde detentos reivindicavam uma qualidade de comida melhor. Entre idas e vindas nestas negociações foi servido comida trazida de Acreúna e Edéia e não satisfazendo alguns dos presos que lideravam o movimento, não restou dúvidas por parte da justiça a não ser o encaminhamento de 2 presos para o presidio de Goiana, entre eles Wesley e Marciel. A função deste trabalho é mostrar a realidade vivida hoje, no sistema prisional, onde quase diariamente a mídia publica matéria sobre rebeliões em presídios. Sentenciados que são mortos por seus próprios companheiros, funcionários e familiares de detentos transformados em reféns, resgates e fugas audaciosas e espetaculares praticadas por criminosos. Ex; de fugas, em Indiara houve recentemente a fuga de sete detentos, sendo que os agentes que trabalhavam no dia, segundo informações obtidas junto á coordenação do presídio os mesmos foram desligados de suas funções e até ontem dia 05/06 os fugitivos ainda não haviam sido recapturados e tão pouco a imprensa sabe do resultado das investigações sobre estas fugas. As regras nem sempre são cumpridas e a aplicação penal nem sempre é imposta de maneira adequada, pois hoje em dia o preso é esquecido, há corrupção dentro das cadeias e penitenciarias cresce de maneira assustadora e ainda para piorar mais a situação, as facções se estendem dentro e fora dos presídios. Infelizmente estamos nos habituando num processo de caos, onde o que ocorre é a falência e desestruturação do sistema carcerário. O descaso dos governantes, a falta de estrutura, a superlotação, a inexistência de um trabalho para a recuperação do detento. Assim é nosso sistema, promessas e nada de recompensas. Mas também não devemos nos esquecer que o Congresso Nacional infelizmente tem aprovado, atendendo à pressão da área de direitos humanos do Governo Federal e das notórias organizações não-governamentais que atuam no País, leis que cada vez mais afrouxam o Código Penal, mas principalmente a Lei de Execuções Penais. Com isso, cada vez mais os privilégios foram pouco a pouco incorporados ao rol de direitos mínimos que todo recluso tem de ter, a ponto de banir do sistema penitenciário todo resquício de exercício da autoridade pública, seguido também pelo alto grau de corrupção existente no sistema. O excesso de direitos como o de ócio, o das visitas íntimas, o de receber alimentos para estocagem nas celas, o de não usar o indispensável uniforme distintivo dos reclusos, entre outros eliminou a disciplina presidiária. O sentido punitivo da pena foi completamente abolido, por considerar-se “contrário aos direitos humanos dos internos” e à evolução histórica do Direito Penal. O sistema prisional está falindo, pois no interior, cidades pequenas também sentem o reflexo dessa desestrutura física e operacional. Cidades como Acreúna , Edéia e Indiara são exemplos dessa superlotação de detentos, onde a pressão psicológica vai a mil. E a Insegurança tende a aumentar. Até lá a comunidade fica a mercê de investimentos e alteração na lei.
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