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Caminhoneiro é preso suspeito de simular roubo e vender carga de 12 t de suco para quitar dívida de R$ 11 mil

Além dele, dois homens e uma mulher foram presos suspeitos de roubar R$ 1 milhão em cargas de alimentos. Polícia diz que grupo confessou crimes.

Dois homens e uma mulher foram presos suspeitos de integrar um grupo que roubou 50 toneladas de alimentos, que somam cerca de R$ 1 milhão, neste ano, em Goiás. Segundo a Polícia Civil, Thiago Braz de Lima, de 30 anos, Renata Gomes Botelho Martins, de 35, e Adriano Pereira da Silva, de 22, confessaram os crimes. Eles não foram apresentados à imprensa e a reprtagem não conseguiu localizar os advogados deles.
“Eles agiam com extrema violência. Abordavam os motoristas com armas de grosso calibre, os levavam a cativeiro até o transbordo completo da carga”, disse o delegado Alex Vasconcelos, titular da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar).
O trio foi preso no sábado, durante a Operação Mercúrio. Além deles, os policiais detiveram o caminhoneiro Carlos Alberto de Sousa, de 51 anos, que, segundo a Polícia Civil, vendeu ao grupo uma carga de 12 toneladas de suco para quitar uma dívida de R$ 11 mil que havia contraído na compra de uma carreta.
Falso roubo
O grupo foi localizado justamente no momento em que descarregava a carga em um imóvel situado no setor Santos Dumont, em Goiânia. O carregamento tinha saído de Hidrolândia, na Região Metropolitana de Goiânia com destino a Fortaleza, no Ceará. No entanto, o caminhoneiro alegou à empresa que foi abordado por criminosos em Uruaçu, o que não ocorreu.
“Ele disse que estava sendo ameaçado e a dívida o motivou a fazer a subtração da carga. A carga era avaliada em mais de R$ 100 mil, mas o grupo aceitou pagar R$ 11 mil”, detalhou Vasconcelos.
Cargas roubadas
Os outros três detidos são suspeitos de cometer três roubos neste ano: carga de carne em 27 de janeiro, em Piracanjuba; carregamento de pescado em 11 de abril em Luziânia; e outra carga de carne em 5 de junho, em Cocalzinho.
Vasconcelos ressaltou que eles agiam de forma parecida em todos os casos. “Eles emparelhavam os veículos ao lado do caminhão, na rodovia. Armados, obrigavam o motorista a parar e faziam a abordagem. Eles colocavam o bloqueador de sinal e faziam o transbordo da carga”, detalhou.
De acordo com o delegado, os policiais não recuperaram apenas cerca de 5 toneladas de alimentos. O grupo era monitorado desde fevereiro e, no fim de maio, conseguiu fugir de uma operação.
Conforme a polícia, no momento da abordagem de sábado, Thiago tentou fugir lançando uma motocicleta contra os policiais, que atiraram. Ele foi socorrido e levado ao Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia (Hugol) e passou por cirurgia.
Em seguida, Thiago foi transferido ao Hospital de Urgências de Goiânia. Segundo o último boletim médico nesta segunda-feira (2), o quadro dele é regular.
“Paciente está internado em um leito da Enfermaria Carceragem, escoltado, orientado, consciente e respirando de forma espontânea”, diz o texto.
Os policiais apreenderam uma arma de fogo calibre 12, munições, três veículos e um equipamento utilizado pelos criminosos para bloquear sinais de localização de veículos e cargas.
Carlos e Adriano estão presos na Delegacia de Capturas. Já a mulher está no 14º Distrito Policial.
Adriano, Thiago e Renata foram presos em flagrante por associação criminosamente armada e receptação. No entanto, também respondem no inquérito por roubo. Já Carlos foi detido por furto qualificado.

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